Responsáveis pela criação da maioria das jogadas ofensivas de Vasco e Fluminense, meias percorrem mais de 9km na decisão da Taça Guanabara.
Maestros de Fluminense e Vasco, os veteranos Deco (34 anos) e Juninho (37 anos) não fugiram à regra na final da Taça Guanabara, vencida pelo Tricolor por 3 a 1 nesse domingo. Foram eles os responsáveis pela criação da maioria das jogadas ofensivas do clássico. As semelhanças entre os dois na partida, porém, não pararam por aí. Apesar de já não serem garotos, Deco e Juninho percorreram as maiores distâncias no jogo. Curiosamente, o tricolor correu apenas 11 metros a mais que o vascaíno: 9,114 km contra 9,103 km.
O mapa de calor demonstra que o local onde Juninho e Deco mais pisaram foi o meio do campo. Os dois, porém, não deixaram de ajudar a defesa e também de aparecer no ataque. O tricolor teve uma abrangência um pouco maior no campo defensivo, enquanto o Pernambucano procurou mais a faixa central ao longo da partida.
Os dois foram protagonistas principalmente na primeira etapa. Juninho bateu faltas para cabeçadas perigosas de Nilton e Diego Souza e fez belos passes em profundidade. Deco, inspiradíssimo, comandou a meia-cancha do Flu e ainda fez um gol, aproveitando bobeada do goleiro Fernando Prass.
No duelo pessoal entre Juninho e Deco, um lance em especial chamou a atenção: o tricolor deu um lindo lençol no vascaíno, que não aceitou bem o drible e puxou o rival pela camisa. O lance custou um cartão amarelo ao camisa 8.
- Aos poucos o time encaixou, e Abel encontrou a melhor formação. Talvez esse tenha sido o nosso melhor jogo. O time se posicionou muito bem e foi melhor do que o Vasco - analisou Deco após a vitória, ainda em campo.
O vascaíno participou mais do clássico. Deu 48 passes, acertando 41. Deco distribuiu 36 passes, com precisão em 32 deles. No festival de bolas levantadas na área pelo Vasco, Juninho contribuiu 12 vezes. Deco usou esse artifício em seis oportunidades. O tricolor foi mais decisivo, balançando a rede na sua única finalização. O vascaíno fez três tentativas.
No quesito distância percorrida, destacaram-se também pelo Fluminense o lateral Bruno e os volantes Diguinho e Valencia. No lado do Vasco, Diego Souza e Alecsandro também estiveram no topo da lista.
A pessoa que intermediava a compra de equipamentos de videoconferência para a Igreja Cristã Maranata foi presa em janeiro de 2010 pela Polícia Federal. O autônomo Julio Cesar Viana foi flagrado transportando rádios e projetores estrangeiros sem nota fiscal, dentro da mala. Foi detido pelos agentes federais quando desembarcou no Aeroporto de Vitória.
O material que estava com o autônomo e foi apreendido pela polícia – 19 projetores e dois rádios – é semelhante ao usado nos equipamentos de videoconferência da igreja. Na hora da prisão, Julio alegou que o material seria revendido na Grande Vitória e que teria comprado em Curitiba, Paraná, por R$ 20 mil.
A explicação não convenceu o Ministério Público Federal, que o denunciou. “Não é crível (...) que um vendedor autônomo de pisos de madeira despenderia o montante de R$ 20 mil com a compra de equipamentos eletroeletrônicos com a finalidade de revendê-los em outro Estado, sem ao menos ter um destinatário certo”, diz o texto da denúncia.
O nome de Viana aparece na descrição de documentos de caixa da Maranata, com saída de recursos depositados na conta corrente dele ou de seus parentes. O dinheiro era destinado à compra de equipamentos ou de passagens aéreas.
Um desses documentos é o adiantamento de R$ 70 mil para compra de 300 projetores do sistema de videoconferência. A transação foi aprovada por intermédio de uma “visão”, que para os maranatas têm um significado especial por ser uma manifestação divina.
Segundo relatos presentes na investigação feita pela igreja, parte dos equipamentos era comprada no Paraguai e levada a Curitiba. De lá, seguiam para Vitória. A capital do Paraná é a terra natal de Viana e era de lá que ele vinha ao ser detido em Vitória.
Por nota, a Maranata informou que já havia recebido informações sobre esse tipo de irregularidade praticada por ex-membros, afastados pela direção. A igreja fez um requerimento à Receita Federal para que apure as possíveis irregularidades cometidas por essas pessoas. O advogado de Viana – Stênio Sant’Anna Sales – preferiu não se manifestar sobre o assunto e não informou o telefone do cliente.
O Partido Social Democrata Cristão participará da base de apoio ao prefeito de Marataízes Jander Nunes Vidal.
Mais um partido vai formar parte da aliança para a reeleição do prefeito de Marataízes. O presidente do PSDC, Wesley Marvila, adiantou que o Partido Social Democrata Cristão participará da base de apoio ao prefeito de Marataízes Jander Nunes Vidal.
Wesley disse que o PSDC terá chapa forte de vereadores, formada por empresários, estudantes, líderes comunitários, profissionais liberais e sindicalistas. “Na chapa proporcional, estaremos com o prefeito para continuar avançando nas transformações que Marataízes está tendo nos últimos anos”, disse.
O PSDC é um dos partidos em ascensão regional e uma das forças políticas nacionais, tendo a defesa dos bons costumes e da família como objetivos principais. Sua trajetória marca a responsabilidade social de seus integrantes para com a formação moral do cidadão. A meta agora é continuar sua escalada paulatinamente sem atropelo para alcançar vôos mais altos, mas consciente de sua responsabilidade e com os obstáculos do caminho. A postura apresentada pelos integrantes mostra o grau de interesse em apresentarem-se como mais uma opção aos eleitores Marataízenses.
“Não somos de vender ilusão, o nosso grupo tem amadurecimento suficiente para saber administrar qualquer situação desde que seja de interesse da coletividade”, comenta o vice-presidente Wallace Spirro.
A Associação de Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador do Espírito Santo, com apoio cultural do Poder Executivo Municipal e do Clube do Cavalo de Itapemirim, promoverá do dia 8 a 12 de fevereiro de 2012, no Parque de Exposições Dr. Ayrton de Moreno, a X.
A Associação de Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador do Espírito Santo, com apoio cultural do Poder Executivo Municipal e do Clube do Cavalo de Itapemirim, promoverá do dia 8 a 12 de fevereiro de 2012, no Parque de Exposições Dr. Ayrton de Moreno, a XXV Expoverão, uma exposição agropecuária que contará com a participação de 300 animais que virão de vários estados para participarem de atividades como julgamento de raça, marcha e leilão de equinos.
“O evento além de servir como entretenimento para munícipes e visitantes, a Expoverão já em sua 21ª edição, proporcionará aos interessados a compra de animais com leilões de aproximadamente 40 lotes de eqüinos”, enfatizou Uedson Sérgio, presidente do Clube do Cavalo de Itapemirim.
Outras informações através do número de telefone (28) 9926-9089, falar com Ródney.
Cardoso era acusado de superfaturamento em compra de móveis escolares.
O ex-prefeito de Itapemirim, Alcino Cardoso, conseguiu reverter um parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCES) que sugeria a irregularidade de suas contas no exercício de 2001. Cardoso era acusado de superfaturamento em compra de móveis escolares.
Com a apresentação de novos documentos, a conselheira substituta Márcia Jaccoud Freitas reconsiderou o acórdão. O ex-prefeito chegou a ser condenado ao pagamento de R$ 4 mil de multa e a ressarcir os cofres públicos em R$ 40 mil.
Pelos mesmos fatos, porém, Cardoso responde a um processo na Justiça - que levou, inclusive, a seu afastamento da prefeitura, na época. No Tribunal de Justiça, o ex-prefeito ainda é alvo de diversas outras ações.
O Município fará auditoria no sistema informatizado de folha de pagamento, em conjunto com a empresa que fornece e faz manutenção deste “software”.
A Prefeita do Município de Itapemirim determinou, pela Portaria nº 023/2012, a criação de Comissão Especial para a realização de auditoria nas folhas de pagamento dos servidores públicos municipais. Tal medida fez-se necessária após identificação de inconsistência na folha de pagamento encaminhada ao banco, referente ao mês de dezembro de 2011. O servidor envolvido no processamento da folha foi imediatamente exonerado na última sexta-feira, dia três de fevereiro.
O Município fará auditoria no sistema informatizado de folha de pagamento, em conjunto com a empresa que fornece e faz manutenção deste “software”.
As providências necessárias e cabíveis, mediante procedimentos policiais e judiciais, em especial para a recuperação dos valores eventualmente desviados para fins de ressarcimento aos cofres públicos, estão sendo acompanhadas pela Procuradoria Geral do Município.
O vendedor de carros, Michel Lemos Neto, de 37 anos, morreu após ser alvejado por seis tiros.
Um homem foi morto, na noite deste sábado (04), por volta das 21h, em Marataízes, no Litoral Sul do Estado. A vítima estava sentada na porta de um bar quando dois homens em uma moto dispararam seis vezes contra ela, que chegou a ser socorrida, mas morreu a caminho do hospital.
O vendedor de carros, Michel Lemos Neto, de 37 anos, estava com vários amigos em um churrasco na Barra de Itapemirim. Um colega dele, o despachante Jaildo Faria, de 37 anos, estava com ele na festa, minutos antes dele ser executado.
"A gente saiu do churrasco, eu fui pra casa e ele foi pro bar tomar a "saidera". Quando ele sentou do lado de fora e pediu a cerveja os caras já chegaram atirando. Ele nunca se meteu em confusão, em nada errado. Está todo mundo espantado com essa violência contra uma pessoa tão tranqüila, gente boa", contou o despachante.
Michel chegou a ser socorrido para o hospital Santa Helena, mas não resistiu. Ele morava em Marataízes, era casado e tinha um filho de três anos. A polícia ainda não sabe os motivos do crime e ninguém foi preso. Ninguém mais se feriu.
Trecho da Avenida Atlântica em Marataízes será pavimentada
O Prefeito de Marataízes, Dr. Jander Nunes Vidal, assinou nesta segunda-feira (06) a ordem de serviço que autoriza o início da pavimentação de 1500 metros de extensão, que liga a Avenida Atlântica no trecho entre o Xodó à Lagoa Funda.
Mais uma obra de responsabilidade da Prefeitura de Marataízes, por meio da Secretaria Municipal de Obras, que será realizada com recursos próprios na ordem de aproximadamente R$ 280 mil reais, dando continuidade ao maior programa de pavimentação que o município de Marataízes já presenciou nos últimos anos.
“Temos um compromisso de levar cidadania, progresso e dignidade aos bairros de Marataízes. Além desse trecho, um dos principais acessos às nossas belas lagoas, em breve todo o interior também será contemplado com obras de asfaltamento, melhorando o acesso a essas comunidades.” Anuncia o prefeito.
Além do trecho Xodó até Lagoa Funda, duas ruas próximas serão pavimentadas, sendo, a Rua João Duarte e a Rua Projetada. Segundo o Secretário de Obras, Rudinho de Souza, a melhoria no local atende uma reivindicação dos moradores e turistas, diminuindo a poeira e valorizando o acesso pela orla de Marataízes.
Segundo o turista, Sr. João Bosco, proprietário de uma residência próximo ao local, a obra de pavimentação trará uma imensa valorização às residências e principalmente ao trecho, um dos mais movimentados de Marataízes. Tal medida tornará o acesso pela orla muito mais confortável, seguro e com menos poeira. “Sempre passo verão em Marataízes com minha família e fiquei muito feliz com essa notícia, peço que se possível coloquem dois quebras-molas, para garantir ainda mais segurança dos pedestres no local. Essa obra vai deixar esse trecho ainda mais bonito. Só tenho a agradecer.” Diz.
No trabalho, referência ao Flu: tricolor de coração e profissão (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)
Celso Corrêa de Barros, médico, especializado em pediatria, tem 60 anos - denunciados pelos cabelos grisalhos. Em 14 deles, foi o sujeito responsável por formar a base financeira (às vezes maior, às vezes menor) de um clube em reconstrução. Adorado por muitos, temido por quase todos, desafiado por raros, virou a bengala do clube que ama. É, como diz o hino do Flu, um tricolor de coração. Mas com um adendo: também de profissão.
Entrevistá-lo, para um jornalista esportivo, é falar sobre o Fluminense. Dar entrevista, para ele, é também falar sobre a Unimed, a empresa cuja unidade carioca ele preside desde 1998 - também teve o comando nacional dela por dois mandatos, de 2001 a 2009. Celso Barros equilibra-se entre os dois tópicos. Sabe que é o crescimento do clube que lhe rende maior notoriedade, mas se orgulha ao falar sobre conquistas também na empresa. Parece não querer deixar que nasça um desequilíbrio entre o tricolor de coração e o tricolor de profissão.
Por duas semanas, a reportagem conversou com pessoas que conviveram com Celso Barros. Ouviu manifestações de apreço e de contestação, conheceu histórias de bastidores, percebeu temor em quem fugiu do tema. Os relatos estão abaixo. Nesta terça-feira, o GLOBOESPORTE.COM ainda publica uma entrevista exclusiva com o todo-poderoso do Flu.
Pizzas, camarotes, sutilezas
Com Abel, Celso procura jantar a cada duas semanas (Foto: Agência Photocâmera)
Quase 20 treinadores passaram pelo Fluminense desde 1999, quando o clube começou a receber o patrocínio da Unimed. Não é por acaso que sete deles, no período, comandaram o time mais de uma vez: Carlos Alberto Parreira, Valdir Espinosa, Oswaldo de Oliveira, Renato Gaúcho, Joel Santana, Abel Braga e Cuca. Celso Barros procura criar uma relação próxima com os treinadores. Por alguns, cria uma estima que pesa em possíveis retornos. Somados os aspectos pessoal e profissional, seu preferido é Renato. No período da parceria entre o clube e a empresa, ele foi o único a comandar o Tricolor três vezes. Celso Barros passou o réveillon de 2010 na casa do ex-atacante. Recebeu um prato de comida das mãos dele, em meio a manifestações de carinho. A relação é quase familiar.
Com Abel Braga, o atual comandante do Flu, Celso Barros procura jantar a cada duas semanas. Ele não é exceção. O investidor busca algum tipo de proximidade com todos os técnicos. Acaba ficando mais íntimo de alguns do que de outros, dependendo de quão expansivo é o treinador.
A tentativa de aproximação por vezes assusta. Em 2 de novembro de 2008, o Fluminense levou 1 a 0 do Vasco pelo Campeonato Brasileiro. Depois do jogo, Branco, na época coordenador do Tricolor, disse ao técnico René Simões que Celso Barros queria comer uma pizza com ele. O treinador, em um primeiro impulso, não aceitou. Estava convicto de que escutaria cobranças, pressões. Branco insistiu. René anuiu. Eles foram para a pizzaria. Entre uma fatia e outra, Celso Barros disse ao técnico que o trabalho dele era muito bom, que tudo estava no caminho certo, que a derrota havia sido injusta. Dois meses depois, o Flu se livraria da ameaça de rebaixamento.
Mas ela voltaria no ano seguinte - a fatídica temporada do 1% de chance de permanência na Série A. René Simões saiu. Entrou Parreira. E Celso Barros surpreendeu o treinador campeão mundial de 1994. Em meio a convites para que o técnico fosse até o camarote dele no Maracanã, depois das partidas, acabou acontecendo uma conversa. Nela, o presidente da Unimed disse a Parreira que sua preferência era Renato Gaúcho. Não disse que não queria Parreira no Fluminense, mas disse que preferia Renato. O treinador entendeu. Meses depois, ele deixou o clube e criticou o poder da empresa sobre o Fluminense. Mas não criou antipatia a Celso Barros.
A reportagem do GLOBOESPORTE.COM não teve qualquer confirmação de que o presidente da Unimed, em algum momento, tenha tentado influenciar em escalações. Os treinadores negam. Ele também. Mas Celso Barros não esconde suas preferências. Em conversas com os técnicos, usa de sutileza para dizer o que pensa sobre o time. Aí cabe ao treinador acatar ou não.
- Ele sabe com quem se mete. Comigo, nunca teve nada. Nada de recadinho, nada de pedido. Nada - disse Parreira.
- Isso é uma lenda - garantiu Celso Barros.
De lágrimas e cânticos
Na madrugada de 7 de junho de 2007, Celso Barros estava em Florianópolis. Mais precisamente, no estádio Orlando Scarpelli. Mais precisamente, diante de um elenco recém-vencedor da Copa do Brasil. Ele pediu a palavra. Agradeceu aos jogadores pelo esforço, parabenizou a todos pelo título. E avisou que o prêmio pela conquista seria aumentado (veja no vídeo ao lado). Os boleiros comemoraram como se tivessem ganho mais um título. Imediatamente, começaram a gritar o nome de Celso Barros; em seguida, puxaram um cântico.
- P... que pariu, é o melhor patrocínio do Brasil!
Celso Barros não sabia se ria, comemorava ou dançava. Fez os três, enquanto era abraçado por jogadores.
Os atletas costumam gostar do investidor. Carisma à parte, há um motivo claro para isso: ele paga em dia, e bem. Para profissionais acostumados a ver os meses romperem o conceito de tempo e terem muito mais do que 31 dias, é fundamental.
- Ele não gosta de dever a ninguém. Ele diz que não gosta de dever aos outros. A parte da Unimed eu recebi imediatamente. Nosso último jogo (em 2008) foi com o Ipatinga. À noite, ele pagou tudo que tinha que ser pago da Unimed. Ele não queria que os jogadores entrassem em férias sem ter recebido - lembrou René Simões.
Com Deco e Fred: pagar em dia ajuda na relação com os atletas (Foto: Reprodução / Twitter)
A exemplo do que acontece com os treinadores, há jogadores com os quais Celso Barros teve maior intimidade. Alguns deles passaram a se sentir íntimos do homem que, na prática, era o chefe deles. O ex-centroavante Washington viveu uma situação emblemática.
No início do ano passado, o jogador decidiu que deixaria o futebol. Antes de anunciar a escolha, foi falar com Celso Barros. O investidor disse que apoiava a ideia. Washington começou a chorar. Foi parar nos ombros do presidente da Unimed, que também teve que lidar com lágrimas. Viraram amigos. Atualmente, o Coração Valente mora em Caxias do Sul. Em recente visita ao Rio de Janeiro, saiu para jantar com ex-chefe.
Celso Barros raramente vai ao vestiário. Frequentar treinos também não é um gesto frequente. Quando faz manifestações ao elenco, costuma falar em tom de incentivo. Mas nem sempre. Em novembro de 2008, antes de o Fluminense dar continuidade a um jogo interrompido por falta de luz contra o Figueirense, o investidor pediu para conversar com os atletas na concentração. E elevou o tom. Fez cobranças. Exigiu dedicação. Chutou o balde. Os boleiros se surpreenderam. A partida terminou com vitória de 1 a 0 para os cariocas.
Músicas, bandeira e carteirinhas (não necessariamente da Unimed)
Torcida cria bandeira para Celso Barros (Foto: Reprodução FluDigital / Site Oficial)
O Fluminense, já com o apoio da Unimed, teve lá seus momentos de desgosto. O time de 2004, tão promissor, não funcionou; o de 2005 decepcionou na reta final do Brasileirão; os de 2008 e 2009 quase foram rebaixados. O outro lado da moeda traz o título da Copa do Brasil de 2007, a conquista do Brasileirão de 2010 e a presença, pela terceira vez em cinco anos, em uma Libertadores, o que inclui o vice de 2008.
As idas e vindas dos resultados fizeram Celso Barros sentir as duas faces da torcida. Em momentos de vitória, ele teve o nome gritado, foi saudado, ganhou até uma bandeira com seu rosto desenhado. Viu torcedores mostrando a carteirinha da Unimed. Em fases de derrotas, foi contestado, vaiado. E o mais engraçado: viu torcedores mostrando carteirinhas de outros planos de saúde.
Para a torcida, Celso Barros virou uma figura emblemática. Tricolores criaram cânticos curiosos para ele.
- Urubu otário, o Celso Barros tem dinheiro pra c... – ironizaram, em referência à derrota do Flamengo na disputa por Thiago Neves, quando o jogador foi apresentado em Laranjeiras.
- O Celso vai te comprar - cantarolaram torcedores para Jonas, na época atacante do Grêmio, no prêmio Craque do Brasileirão de 2010, em uma versão da música para Fred ("o Fred vai te pegar...").
O presidente da Unimed dá autógrafos. Tira fotos com torcedores. Por vezes, é assediado como se fosse jogador. Mas diz que não se empolga.
- Sei que, em um momento difícil, a crítica virá.
Família, quem diria, tem origem rubro-negra
É uma daquelas ironias do futebol. Celso Barros foi criado em uma casa flamenguista. O pai dele era rubro-negro. O irmão, idem. A irmã, também. Ele não lembra o exato instante em que virou tricolor. Acredita que tenha sido por influência de dois tios - torcedores do Fluminense e médicos.
Com o tempo, passou a frequentar os estádios. Enturmou-se com um grupo de tricolores no Maracanã - um deles, português, causava estranheza por não ser vascaíno. Chegou a participar de excursões para partidas fora de casa. Mal sabia que, anos depois, daria as cartas no clube.
Celso Barros é um tricolor fanático. Em 2008, estava nos camarotes do Maracanã na derrota nos pênaltis para a LDU, na final da Libertadores. Passou horas conversando com convidados, segurando as pontas, tentando se controlar. Chegou em casa às 4h. Sentou-se na cama e desabou.
- Chorei muito. Muito mesmo.
Ele lembra com carinho especial de um jogo ocorrido quatro anos antes de a Unimed começar a investir no Fluminense. Era 1995. Final do Campeonato Carioca. O gol do título saiu no último minuto - um chute cruzado de Aílton, um desvio de barriga no meio do caminho. Nervoso ao extremo, Celso Barros havia abandonado o televisor, havia saído do apartamento, havia entrado no elevador, havia deixado o prédio onde morava. De repente, ele ouviu um grito saído do 12º andar: “Neeeeeeeeeeeeeense!”. Era a filha dele, Paula, comemorando o gol de Renato Gaúcho - aquele mesmo que viraria o preferido dele anos depois, aquele mesmo que treinaria o Fluminense três vezes, sempre com o apoio do patrocinador.
Críticas
Celso Barros não é imune a contestações. Elas existem, direcionadas ou à figura dele, ou à parceria entre Fluminense e Unimed. A principal crítica é de que a empresa só se envolve com o clube na hora de contratar jogadores, algo que dá retorno em visibilidade. A patrocinadora é pressionada a também investir nas categorias de base ou em centros de treinamento para o clube.
A oposição a Celso Barros não sobrevive muito tempo, dizem aqueles menos simpáticos ao chefão do futebol tricolor. Ex-dirigentes acreditam que saíram, em boa parte, por não concordar com o presidente da Unimed. É o caso de Ricardo Tenório, ex-vice-presidente de futebol do clube.
- Este modelo às vezes é bom para o Fluminense, às vezes é bom para a Unimed. E é sempre bom para o Celso. Hoje, ele tem 90% do clube nas mãos dele - opinou Tenório.
Os críticos indicam que é difícil dobrar Celso Barros: que ele prefere investir em jogadores mais caros, em contratações mais arriscadas, mas que dão holofotes, do que apostar em projetos de médio e longo prazo, com atletas que possam evoluir no clube. O patrocinador afirma que as decisões são sempre debatidas com os dirigentes do clube.
Celso Barros garante que a Unimed está disposta a investir em outras áreas do Fluminense. Mas é constante a preocupação de tricolores com a dependência gerada pela parceria, que esteve ameaçada mais de uma vez.
- Existe uma dependência. Não sei se é bom ou ruim, mas existe - comentou Parreira.
Música, teatro, carnaval e futebol
Com Edinho e Marquinho na Sapucaí: apreço pela Mangueira (Foto: Divulgação)
Falta tempo livre a Celso Barros. Um exemplo: a entrevista com ele foi marcada para as 12h de uma segunda-feira. Ele chegou às 13h30m. Em seguida, já tinha uma reunião com diretores da Unimed.
Quando sobra a chance para um pouco de lazer, o chefão do futebol tricolor se divide entre shows de música brasileira, idas ao teatro e espiadas em jogos pela televisão. Recentemente, assistiu a uma apresentação de Chico Buarque numa casa de espetáculos no Aterro do Flamengo. Em um domingo, viu dois jogos seguidos na sala de casa: Nova Iguaçu x Botafogo e Santos x Paulista.
Também gosta muito de carnaval. E se dá ao direito de torcer pela Mangueira, às vezes relacionada ao Flamengo. Argumenta que Chico Buarque e Cartola, tricolores ilustres, compartilharam o amor pela escola de samba.
- Não que eu me compare a eles - ressalva.
‘Jogador não falta para dar capa’
Os dois quadros de Fred que estão na sala de Celso Barros são capas de jornais. Questionado sobre por que o atacante tem espaço cativo ali, o presidente da Unimed disse que não passa de uma coincidência. Foram presentes que ele recebeu. Em meio ao comentário, porém, o investidor soltou, provavelmente sem perceber, uma frase simbólica sobre a relação profissional entre ele e o clube.
- Jogador não falta para dar capa...
Romário, Edmundo e Roger. Petkovic, Carlos Alberto e Conca, Washington, Dodô e Leandro Amaral. Fred, Deco e Emerson. Rafael Moura, Rafael Sobis e Wagner. E, claro, Thiago Neves. Quem Celso Barros quis, Celso Barros teve nos últimos anos. Agora, ele sonha com o título da Libertadores, para secar as lágrimas de 2008, para ir ao Mundial, para chegar ao topo da união entre o tricolor de coração e o tricolor de profissão.
O ex-prefeito de Itapemirim, Alcino Cardoso, conseguiu reverter um parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCES) que sugeria a irregularidade de suas contas no exercício de 2001. Cardoso era acusado de superfaturamento em compra de móveis escolares.
Com a apresentação de novos documentos, a conselheira substituta Márcia Jaccoud Freitas reconsiderou o acórdão. O ex-prefeito chegou a ser condenado ao pagamento de R$ 4 mil de multa e a ressarcir os cofres públicos em R$ 40 mil.
Pelos mesmos fatos, porém, Cardoso responde a um processo na Justiça - que levou, inclusive, a seu afastamento da prefeitura, à época. No Tribunal de Justiça, o ex-prefeito ainda é alvo de diversas outras ações.
O Litoral Sul do Espírito Santo prepara-se para ser um importante polo de apoio logístico à exploração de petróleo e gás no Brasil. Depois da confirmação da vinda dos norte-americanos da Edison Chouest, foi a vez da Itaoca Offshore anunciar a construção do seu terminal em Itapemirim. Um investimento de R$ 450 milhões cujas obras começam em julho de 2013 e a inauguração está prevista para o segundo semestre de 2013. Serão 500 postos de trabalho durante a construção e 1 mil no funcionamento.
A 130 quilômetros de Vitória e a 250 quilômetros de Macaé, a região credencia-se a dar apoio tanto às plataformas que exploram o óleo e o gás da Bacia de Campos, como as que atuam na Bacia do Espírito Santo. "Trata-se de uma região estratégica, próxima das duas maiores bacias petrolíferas do Brasil, responsáveis por mais de 95% das reservas provadas do país", sublinhou o diretor da Itaoca, Bruno Bendinelli.
O terminal ficará na Praia de Itaoca, num terreno de 600 mil metros quadrados que funcionará como retroárea - área para administração, serviços e armazenagem. Os berços de atracação, 12 no total - formando uma ilha de 40 mil metros quadrados -, ficarão a 1,1 quilômetro da praia, ligados por uma ponte de 11 metros de largura, por onde caminhões poderão ir e vir, e com profundidade de 9,5 metros. "Com essa ponte, estamos preparados para a chegada de navios offshore de maior porte e não precisaremos de dragagem".
Bendinelli afirmou que a retroárea já está dimensionada para o crescimento da produção nacional. "Já temos uma enorme demanda reprimida para esse tipo de serviço, além disso, até 2020 a produção de óleo e gás no Brasil atingirá a média diária de 6,03 milhões de barris, mais que o dobro da produção atual".
Atualmente, há uma grande defasagem entre a oferta e a demanda desse tipo de serviço no Brasil, os portos são verdadeiros gargalos e, o pior, não há para onde eles expandirem-se.
O governador Renato Casagrande mostrou-se satisfeito com a ida de mais esse empreendimento para Itapemirim. "O melhor é que a região recebe empreendimentos com grande potencial de atração de outros investimentos e muito demandado pela indústria do petróleo e do gás. Várias empresas de exploração já estiveram aqui no gabinete reclamando dos gargalos logísticos que o setor enfrenta no Brasil".
O governo espera que os empreendimentos da Itaoca Offshore e da Edison Chouest atraiam empresas fornecedoras de serviços para a região Sul. Isso porque as plataformas são cidades flutuantes que demandam por todo e qualquer tipo de serviço.
O projeto será apresentado à população, para consulta pública, no próximo dia 8, na Escola Magdalena Pisa, às 19 horas.
Deputado cobra duplicação de via que liga Itapemirim à 101
O deputado estadual Theodorico Ferraço, esposo da prefeita de Itapemirim, Norma Ayub, cobrou do governador Renato Casagrande, durante o anúncio do novo empreendimento no município, a duplicação da Rodovia do Penedo, que liga a ES 487 à Rodovia do Sol (ES 060), uma das ligações de Itapemirim com a BR 101.
"Itapemirim precisa dessa intervenção do Estado para comportar todo esse volume de investimentos que está chegando. Não queremos só a melhoria, queremos duas pistas para ir, duas pistas para voltar e a ciclovia. Já temos projeto pronto", argumentou o parlamentar.
Ele lembra que além do terminal da Itaoca Offshore, o município receberá a base logística da norte-americana Edison Chouest e que a Vale já comprou um terreno de 1 mil hectares na região. "A intenção deles é de construir uma siderúrgica, não sei se hoje ou daqui a dez anos, só sei que nenhuma empresa gasta R$ 75 milhões num terreno à toa".
O governador Renato Casagrande disse que o Estado dará todo suporte estrutural necessário. "Os novos empreendimentos exigem que os municípios tenham ligação direta com a BR 101 e o Estado está aqui para garantir esses investimentos".
Empreendimento será construído no segundo semestre de 2012 e vai gerar 1.650 empregos.
Vista aérea da Praia da Gamboa, em Itaipava, que vai receber projeto do grupo Edison Chouest
Saiba mais
Base: A base de apolo logístico às plataformas petrolíferas será construída na Praia de Gamboa, no distrito de Itaipava, em Itapemirim Empregos: O investimento será de US$ 200 milhões e vai gerar 1650 empregos. Berços: A base terá seis berços cobertos para operação em todas as condições de tempo e um berço coberto destinado a operações de reparos navais. Descobertos: Os demais berços descobertos visam atender às operações offshore, de abastecimento e sistemas de ancoragem, limpezas de tanques e atracações de balsas.
O representante do grupo, Roberto Toledo, está finalizando a parte burocrática do contrato de compra e venda do terreno, de 500 mil metros quadrados, na Praia da Gamboa, no distrito de Itaipava. Os documentos precisam ser enviados à sede da companhia, nos Estados Unidos, para assinatura.
O grupo tem pressa na instalação da base de apoio logístico às plataformas de petróleo nos campos em produção e em fase de desenvolvimento nas bacias do Espírito Santo e de Campos, no Rio de Janeiro. Além de ter contratado o projeto de meio ambiente, a empresa já tem preparada toda a documentação necessária à realização das consultas públicas que acontecerão ainda neste ano.
O processo de licenciamento ambiental para um projeto desse porte demora em média 15 meses, mas a intenção é iniciar as primeiras intervenções assim que for emitida a licença prévia (LP), que reúne as condicionantes impostas antes das obras.
A base, lembrou Toledo, é importante para o atendimento a empresas já apoiadas pela Edison Chouest Offshore em outras regiões, como Shell, Chevron, Anadarko, Devon e BP.
A Petrobras, de todas as empresas que atuam na exploração e produção de petróleo e gás, é a única que tem projeto de construção de uma nova base de apoio, em Anchieta.
O empreendimento americano em Itapemirim, entre outros serviços que serão prestados, fornecerá às plataformas materiais como combustível, água potável e industrial, cimento, bentonita, barita e outros granéis, lama de perfuração, fluidos de completação.
O projeto prevê a construção de seis berços cobertos e também de um berço coberto destinado a operações de reparos navais.
O veículo subia uma ladeira, mas não conseguiu completar o percurso. Quando voltou, acabou tombando dentro do quintal
O caminhão transportava solo brita e subia uma ladeira próximo ao conjunto habitacional Nametala Ayub, e ao Parque de Exposições, em Vila de Itapemirim, mas não conseguiu completar o percurso e acabou voltando de ré.
O veículo atingiu um carro que seguia atrás do caminhão. Por sorte, ninguém se feriu. Uma casa que fica na parte mais baixa teve a varanda, a garagem e o muro destruídos. O caminhão chegou a tombar dentro do quintal. Na casa não havia ninguém. A família estava na praia na hora do acidente. O motorista do caminhão também escapou ileso.