ITAPEMIRIM

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Acusado da morte de prefeito vai a júri


Depois de 13 anos, o assassinato de Dinowaldi Rodrigues Peçanha Júnior, o Juninho, então prefeito de Itapemirim, no litoral sul, continua tramitando na Justiça, enquanto sua família espera pela punição dos responsáveis. Juninho, que também era dentista, foi assassinado dentro do seu consultório, em Marataízes (cidade contígua à que ele administrava), no dia 14 de maio de 1999.
Denunciado pelo Ministério Público Estadual como um dos mandantes, ao lado do irmão Gênesis Bechara, o empresário João Bosco Bechara está com júri marcado para o dia 17 de setembro, às 12h00, pela 1ª Vara Criminal de Cachoeiro de Itapemirim, para onde o processo foi transferido. O processo está com os advogados de defesa para estudo.
Os irmãos Bechara foram julgados em junho de 2004 e condenados a 27 anos de prisão. Mas o julgamento foi anulado pelo Tribunal de Justiça, que entendeu ter havido cerceamento do direito de defesa. Em 2005, houve novo Júri Popular, quando foram condenados a 19 anos de prisão, mas ficaram em liberdade condicional.
O MP recorreu, alegando que eles não cumpriram a pena e novo julgamento foi marcado para outubro de 2010. A defesa entrou com recurso e conseguiu o adiamento e, posteriormente, o desmembramento e desaforamento do processo de João Bosco.
O dia 14 de maio é feriado municipal em Itapemirim, em homenagem ao prefeito assassinado, que cumpria seu primeiro mandato e contava 36 anos de idade quando foi morto.
No dia 17 de junho de 2008, a Polícia Militar de São Paulo prendeu, em São Bernardo do Campo, Humberto Alves Ferreira, o Nego Beto, que estava trabalhando como pedreiro na cidade havia quatro meses. Ele é acusado de ter intermediado a contratação dos executores de Juninho e estava foragido da Justiça.
Segundo a denúncia do MP, Nego Beto contratou os irmãos William e Aldemir Silva Lopes, no Rio de Janeiro, para matar Dinowalde Júnior. Ele envolveu também o nome da vice-prefeita Maria das Graças Hattequesth Chamom como mandante, mas ela negou as acusações. Maria teve prisão preventiva pedida pelo MP, porém negada pelo Tribunal de Justiça.

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