Presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Marataízes, no Litoral Sul do Espírito Santo, atearam fogo em colchões momentos antes do horário de visita, segundo familiares dos presos. O incêndio foi registrado por imagens de celular de parentes que aguardavam para entrar na unidade prisional. Os familiares informaram que os detentos não queriam ser revistados antes de receberem as visitas, por isso, queimaram os colchões. A Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) foi procurada pelo G1, mas ainda não se posicionou sobre o assunto.
Antes da rebelião, alguns parentes já haviam sido autorizados a entrar no Centro de Detenção para tentar conversar com os presos. ”Quando chegamos lá já tinha fogo. Comecei a tossir e com medo que acontecesse alguma coisa a mim, eu sai correndo”, disse Ana Maria, do lado de fora da prisão.
Já Arilson, pai de um detento, ajudou a conter as chamas. ”Vi o fogo muito alto e os presos gritando socorro que morreriam lá. Eu fiquei nervoso, tirei minha camisa e tentei a apagar o fogo”, contou Arilson, com as marcas do fogo na camisa.
Depois da situação controlada, os familiares continuaram na porta do (CDP). Eles foram chamados de 10 em 10 pela diretora da unidade prisional que forneceu o estado de saúde dos presos. A diretora também esclareceu os barulhos de supostos disparos dentro do presídio.
”Disse que não foram tiros, mas bombas de efeito moral”, afirmou uma mulher após a reunião dos parentes com a diretora. Após o tumulto, os detentos foram levados para um pátio, onde passaram por revistas, segundo informaram funcionários do CDP aos parentes.
”Disse que não foram tiros, mas bombas de efeito moral”, afirmou uma mulher após a reunião dos parentes com a diretora. Após o tumulto, os detentos foram levados para um pátio, onde passaram por revistas, segundo informaram funcionários do CDP aos parentes.
Familiares contaram que presos não queriam ser revistados antes das visitas. (Foto: Reprodução/TV Gazeta Sul)
Fonte: g1.globo.com (226)
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