Salário em algumas das áreas chega a E$ 20 mil. Em geral, são áreas com poucos profissionais em todo o país e com cursos escassos.
A escolha da futura profissão foi por acaso. Mas a universitária Keyla Cunha, de 23 anos, acertou no alvo. Ela cursa o 9º período de Engenharia Ambiental, uma das dez carreiras que, de acordo com um ranking elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), terão o mercado de trabalho mais promissor até 2020.
Foto: Vitor Jubini - GZ
Keyla Cunha, estudante de engenharia ambiental, pretende se especializar na área de petróleo
“Quando terminar o curso, acho que vou investir na área de Segurança do Trabalho. Vou ter ainda mais chances no mercado se unir as duas especialidades”, avalia Keyla.
Outras duas engenharias figuram no estudo da FGV: a de Petróleo e Gás e a de Transporte e Mobilidade. Segundo os especialistas, esta última trará a melhor remuneração na década, vinculada aos investimentos em infraestrutura dos municípios.
O coordenador do curso de Engenharia de Transporte e Mobilidade da UVV, Fábio Romero Nolasco Ferreira, explica que esse campo vai ganhar força no país após a Lei de Mobilidade Urbana, e indica a área de infraestrutura em aeroportos e portos para quem quer uma melhor colocação no mercado após a graduado.
“São áreas com poucos profissionais em todo o país, e os cursos são escassos, além de ser um campo com enorme potencial”, argumenta.
Ranking
As áreas comercial e de recursos humanos também marcam presença, além de especialidades, como advogados com ênfase em contratos, médicos do trabalho, biotecnologista, controller e técnicos em sistemas de informação.
Nessa lista, a FGV aponta, ainda, a média salarial das profissões. No caso dos engenheiros, varia de R$ 8 mil a R$ 14 mil. Os médicos recebem até R$ 16 mil, e o gerente de recursos humanos, até R$ 14 mil. A maior média salarial é para o controller, que pode atingir R$ 20 mil.
Engenharias no topo do ranking
Entre as profissões que terão maior destaque na próxima década, as da área de engenharia saem na frente no Estado, impulsionadas, sobretudo pelo desenvolvimento econômico e a necessidade de profissionais para os grande projetos ligados à extração de petróleo e gás e à infraestrutura.
É o que garante o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sect), Jadir Péla. As engenharias de Petróleo e Gás, Civil, Elétrica, Mecânica e Naval, segundo ele, terão as melhores oportunidades nos próximos anos.
Além disso, o secretário aponta a Tecnologia da Informação, Energias Renováveis e Agronegócio como outras áreas com forte ascensão no Estado.
Petróleo
A área do petróleo e gás é a primeira do ranking do estudo da FGV sobre as profissões mais promissoras, inclusive no Estado. Estão previstos mais de 20 mil postos de trabalho para o setor até 2016, de acordo com o Instituto Jones dos Santos Neves em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes).
O coordenador do curso na UCL, Marcus Vinícius Motta, afirma que, nesta área, o Estado tem as melhores oportunidades do país. "Se for para apostar entre ir para outro Estado ou ficar no Espírito Santo depois de formado, indico sempre ficar, pois o potencial é enorme", destaca.
É nesse forte mercado que o estudante do 3º período de Engenharia do Petróleo Arnon Guss, de 19 anos, vai entrar quando terminar a faculdade. No final do ano, ele quer começar um estágio na área para já ir se acostumando com a futura profissão.
Ele comenta que, quando escolheu o curso, não tinha muita noção que a área poderia lhe trazer tantas possibilidades no futuro. Mas já percebeu a força da carreira pela qual optou. "Não vejo a hora de começar a ter o conhecimento prático no curso para ter uma ideia melhor de como vai ser quando eu me formar", comenta.
Fonte: A Gazeta
Nenhum comentário:
Postar um comentário