Renata Lacerda
rlacerda@redegazeta.com.br
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Foto: Divulgação
Força de vontade
Moema emagreceu 47kg e, o mais impressionante, mantém o mesmo peso pós-dieta há 5 anos
Moema emagreceu 47kg e, o mais impressionante, mantém o mesmo peso pós-dieta há 5 anos
Quer emagrecer e nunca mais engordar? Procure a ajuda de um psicólogo e trate os doces como vício. É o que defende o médico argentino Máximo Ravenna que criou um método de emagrecimento que se baseia no tripé dieta, exercícios e terapia. Sim, terapia.
A diretora dos Centros Terapêuticos Máximo Ravenna no Brasil, Moema Soares, explicou que as sessões acontecem todos os dias, até aos sábados domingos e feriados.
“Depois de 3 ou 4 dias de mudança alimentar, você não tem mais fome. O grupo terapêutico vai ajudar você a lidar com as vontades que te levaram a engordar. É uma escola para aprender a ser magro”, contou.
E Moema sabe bem o que o processo significa. Ela conheceu o método quando morava na Argentina. Emagreceu 47 quilos e, o mais impressionante, mantém o mesmo peso pós-dieta há 5 anos.
A primeira fase do método parece radical: uma dieta restritiva, de apenas 800 calorias diárias (em média) que corta todo tipo de carboidrato refinado, como doces, que seriam são gatilhos da compulsão. O site afirma que se pão tirasse o apetite, os restaurantes jamais ofereceriam cestas de entrada.
“Claro que a droga é mais avassaladora, mas o chocolate, por exemplo, provoca no cérebro a mesma reação da cocaína. A vontade de repetir é a mesma”, contou.
Mas a restrição não dura para sempre. Após atingir o peso ideal e entender sua relação com a comida, os pacientes aprendem a reintroduzir esses alimentos, aos poucos, à dieta.
A empresária capixaba Érica Bruzzi, 48 anos, não conhece o método Ravenna, mas já fez dieta em que uniu a restrição aos carboidratos e terapia.
“Funciona, mas é muito difícil, principalmente ficar sem doce na TPM. A terapia ajuda, mas é preciso força de vontade”, disse.
Inspire-se nas dicas do método Ravenna
A dieta
Primeira fase
Dura em média 4 a 6 meses - até o paciente atingir o peso ideal. Com poucas calorias (cerca de 800 por dia) corta completamente os carboidratos refinados, como os açúcares - que gerariam a compulsão, pois disparam secreção de insulina que causa fome. Os alimentos de baixo índice glicêmico são permitidos, como carboidratos integrais, proteínas, frutas e laticínios
Segunda fase
É a transição, quando os alimentos proibidos são reintroduzidos aos poucos, à medida que o paciente aprende o quanto e como comer. Uma das dicas é, por exemplo, comer uma sobremesa após uma refeição completa e equilibrada e não no meio da tarde, evitando o gatilho da compulsão
Manutenção
Após 4 meses no peso ideal, o tratamento continua apenas na manutenção do peso
Exercícios
Mais musculação e menos aeróbica
Como a dieta é de poucas calorias, os exercícios aeróbicos são reduzidos na primeira fase. O foco é na musculação funcional. O objetivo é reforçar a musculatura, evitar lesões e não sobrecarregar o organismo de dieta. Os exercício continuam em todas as fases
Terapia
Como é
O trabalho principal é na terapia de grupo para que o paciente divida suas experiências e aprenda com as dificuldades e vitórias dos outros. Em caso de necessidade, há sessões individuais
Frequência
Os pacientes são orientados a frequentar as sessões de 2 a 3 vezes por semana. Mas a clínica abre todos os dias (até finais de semana e feriados), e o paciente é encorajado a ir às sessões sempre que sentir necessidade - após um dia estressante no trabalho que provoca a vontade de comer, por exemplo
Por quê?
A ideia é quem está acima do peso não come apenas porque tem fome. O método quer que o paciente aprenda os gatilhos que provocam a vontade de comer e entenda como, quimicamente, esses alimentos podem funcionar como um vício
Quem pode fazer
Crianças e adolescentes
O método pode ser usado por qualquer pessoa, do sobrepeso à obesidade. Crianças a partir de 5 anos já podem participar, mas elas não fazem dieta hipocalórica, apenas cortam os carboidratos refinados e aprendem sobre alimentação saudável. Entre 13 e 18 anos, a dieta é diferenciada, menos restritiva
Fonte: Entrevistada e site www.maximoravenna.com.br
Fonte: A Gazeta
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