Márcio André Paiva, 31 anos, teria usado uma faca para render o profissional.
Foto: Nestor Muller - NA
Taxista mostra veículo danificado por Márcio
O taxista Renato de Will Jesus tem números nada agradáveis de se lembrar em quatro meses atuando na profissão em Cariacica. Nesse tempo, foram três tentativas de assalto, um roubo e agressão sofridos. O último aconteceu na madrugada desta terça-feira (15), em Vila Velha.
Renato havia feito uma corrida do ponto dele, em Itacibá, para Vila Velha. Ao retornar, por volta das 4h30, se deparou com o mecânico Márcio André Paiva, 31, na Avenida Carlos Lindenberg – na região do bairro Santa Inês –, que pediu uma corrida até Capuaba.
“Parei o carro, ele entrou. Disse que era "chapa" e ficou calado. Fiquei preocupado e atento. Quando chegamos no viaduto da Lindenberg, ele anunciou o roubo”, disse Renato.
Segundo o taxista, Márcio teria pedido o dinheiro e o telefone celular dele. “Eu estava muito nervoso e não consegui tirar o dinheiro todo dos bolsos. Somente R$ 12,00. E disse que não tinha celular”.
Na verdade, o taxista levava um aparelho no bolso, usado por ele e pelos colegas, para saberem onde estavam e se tudo estava bem, depois de cada corrida. “Roguei a Deus que ninguém me ligasse naquela hora. Vi que o rapaz estava armado com uma faca, na cintura, e fiquei receoso do que ele faria”, continuou Renato.
Ele seguiu com o acusado de roubo até Aribiri, onde Márcio saltou do carro. Renato seguiu um pouco adiante e parou perto de um bar, de onde usou o celular para ligar para a Polícia Militar. Márcio percebeu a ação do taxista, retornou e foi em direção ao táxi, dizendo que “queria conversar”.
“Não dei atenção a ele. Quando vi que ele fugia, o persegui com o táxi. Nesse momento, ele pegou pedras na rua e jogou contra o carro”, disse o taxista.
O veículo, um Fiat Siena, teve os vidros dianteiro, traseiro e das janelas quebrados pelas pedras. Assustado, Renato perdeu o controle do carro e invadiu uma loja de instalação de som automotivo, acabando de danificar o carro.
Foto: Nestor Muller - NA
Marcos André Paiva, 31 anos, preso por assaltar e danificar o carro do taxista
Ao ver que o taxista havia ficado preso dentro do carro, Márcio retornou e começou a fazer ameaças contra Renato. “Fiquei preso, mas consegui sair do carro depois. Ele ameaçou botar fogo no carro depois que saí. Meu medo foi ser atingido por uma das pedras que ele jogou”, disse o taxista.
Márcio acabou se distraindo e esqueceu que a PM havia sido acionada. Detido pelos policiais, o mecânico foi levado para o Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vila Velha, onde foi autuado em flagrante por roubo e danos.
Ao ser questionado sobre o roubo, Márcio negou. Apenas confirmou que havia jogado pedras no carro do taxista. “Ele está inventando tudo isso para me prejudicar. Estou nervoso com tudo isso sim. E não era para estar? Nunca assaltei ninguém. Não estava armado com faca. A faca estava com ele. Esse cara é doido e, agora, está com o carro todo danificado mesmo", disse Márcio, bastante irritado.
Márcio chegou a dizer que foi ameaçado de morte pelo taxista, antes de jogar as pedras no carro. “Ele falou que ia acabar com a minha vida e tentou me atropelar na rua. Não pedi dinheiro e celular coisa nenhuma a ele. Joguei as pedras para me defender dele. Eu estou preso, mas quem deveria estar aqui é ele”, finalizou o mecânico.
Fonte: Da Redação Multimídia
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