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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Um Grupo de Deputados e Lideres já planeja sair em defesa de Theodorico Ferraço


Apesar do momento desfavorável, crescem as leituras sobre o caso ter um forte viés político, que atinge sobretudo o grupo do deputado e o próprio Legislativo.

Um grupo de deputados e lideranças decidiu entrar em campo nos bastidores para fortalecer o presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (DEM), que está no olho de um furacão de suspeitas, como mostram as reportagens de hoje e dos últimos dias. Mas, apesar do momento desfavorável, crescem as leituras sobre o caso ter um forte viés político, que atinge sobretudo o grupo do deputado e o próprio Legislativo. Diante disso, houve no final de semana uma união de forças para tentar garantir a reeleição do presidente. "Não é fácil tirar Theodorico do jogo. Ele não está ‘órfão’ na política. Há um grupo de deputados fechado na intenção de reelegê-lo", diz um integrante da Assembleia. 

Ele acrescenta: apesar do "bombardeio" político e jurídico que Theodorico vem recebendo, ainda não teria surgido uma prova cabal, irrefutável do envolvimento dele nas irregularidades em prefeituras. Só isso poderia evitar a reeleição do presidente, avalia o líder político. 

Além disso, pela aceitação que tem no plenário e pela experiência, Theodorico ainda seria visto como o melhor para comandar a Assembleia, apesar de ele também ter a restrição em setores fora da Casa. De todo modo, ele parece contar também com o apoio do Palácio Anchieta, segundo interlocutores do governo. 

Mas a questão é que a cada dia têm surgido novos desgastes para o presidente. E isso vem preocupando deputados, claro. A ideia é não passar um sinal ruim de que estariam reelegendo um presidente crivado de suspeitas, porque isso atingiria toda a Casa, obviamente. 

Assim, alguns parlamentares já admitem que, no pior dos mundos, se Theodorico se tornar inviável, o possível plano B seria o deputado Roberto Carlos (PT). O petista foi apontado pelo próprio presidente, no ano passado, como um nome com bom trânsito na Casa. Ele também conta com a simpatia da cúpula palaciana. 

Mas se Roberto Carlos é bem aceito no plenário, por outro lado há muitas restrições à possibilidade de o PT, ao qual ele é filiado, voltar ao comando da Assembleia. Até porque a sigla também pleiteia para Claudio Vereza a indicação para a próxima vaga a ser aberta no Tribunal de Contas. 

O momento é nebuloso, portanto, e a orientação do Palácio é para que os deputados acompanhem o quadro. Um interlocutor palaciano disse que até ontem nada tinha mudado, e só na próxima semana será possível avaliar se a reeleição do presidente se tornou inviável e se haverá um plano B. Até lá, Theodorico e aliados terão de resistir às suspeitas que não param de surgir. 

Embolou
Os desgastes de Theodorico Ferraço (DEM) complicaram as conversas entre deputados e o Palácio Anchieta para a composição da nova Mesa Diretora da Assembleia. Segundo relatos, PT, PMDB e o PR disputam a primeira e a segunda secretarias. Já estava difícil de fechar a conta, e agora é a presidência que pode ser alvo de disputa. 

Assim é fácil

Derrotado na maioria das cidades onde apoiou candidatos na eleição de outubro, o senador Magno Malta (PR) reapareceu apoiando Ricardo Conde (PSB) em Guarapari, na disputa pela prefeitura da cidade. Em um evento de campanha de Conde, na sexta-feira, coube a Magno a tarefa de ironizar indiretamente a prisão dos ex-prefeitos Edson Magalhães e Edival Petri (PMDB), apoiadores de Orly Gomes (DEM). 

Providencial

Aliás, crescem as avaliações nos bastidores de que a decretação da prisão preventiva de Edson neste momento pareceu um "presentão" para os adversários do candidato dele, Orly Gomes. Considerado o principal ator político da cidade e decisivo na eleição, Edson não tem data para deixar o CDP de Viana, e isso pode ocorrer só após a nova eleição de Guarapari. Até lá, não terá como pedir votos para o aliado. 

Correção

A coluna desta segunda-feira tropeçou nos cargos. Eder Botelho da Fonseca era diretor de Finanças da Assembleia Legislativa, e não diretor-geral. Ele pediu para sair do cargo.

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