Bolsa de Valores, ações, plano de previdência, renda fixa. Esses conceitos eram meio nebulosos para as mulheres há alguns anos. Hoje, melhor inseridas no mercado de trabalho – apesar de ainda ganhando 30% menos do que os homens, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – elas já buscam opções rentáveis de aplicações.
Uma pesquisa do instituto Sophia Mind, com 1.157 mulheres com idade entre 18 e 60 mostrou que mais de 50% das mulheres têm investimentos e renda própria, 28% delas investem mensalmente um valor fixo e 28% separam o dinheiro para investimento antes de gastar.
Foto: Genildo
Nas corretoras de valores, a tendência de as mulheres buscarem rentabilizar seu dinheiro aumenta a cada ano, segundo o diretor da diretor da Valor Investimentos, Paulo Henrique Correa. E o perfil desse público também é um pouco diferente, explica ele.
"As mulheres são mais conservadoras tanto em relação ao perfil de investimentos quanto em relação a conhecer os riscos das aplicações. Elas querem entender qual é o risco, se podem ganhar ou perder dinheiro, o que está por trás da gestão do investimento. Talvez por isso elas são um pouco mais conservadora".
Mas nem por isso elas deixam de buscar novas formas de fazer o dinheiro render, explica Correa. "Há mulheres que se interessam em investimentos alternativos que não a renda fixa. E a quantidade de mulheres investindo na Bolsa cresceu muito nos últimos anos".
O economista da Uniletra, Gustavo Moraes, reforça que essa tendência está se fortalecendo. "Nós percebemos que aumentou o número de mulheres que buscam investir o seu dinheiro. Ainda há mais homens, mas as mulheres também estão entrando nesse mercado. Este ano, inclusive, tivemos um grupo de mulheres em busca de um clube de investimentos só para elas. É perceptível no mercado que elas estão ganhando melhor e buscam investir esse dinheiro".
Antes de tudo
Hoje, segundo Paulo Henrique Correa, a maior parte das pessoas, homens e mulheres, ainda investem por meio dos bancos. Esse é o primeiro contato com formas de rentabilizar o dinheiro.
"Ao conhecer um pouco mais, percebemos que não necessariamente os produtos que estão na rede bancária do varejo são as melhores opções em termos de rentabilidade, seja qual for o investimento. Quem começa a ficar incomodado com rentabilidade, começa a comparar investimentos e vê que há outras alternativas melhores e mais rentáveis".
Fonte: A Gazeta
Fernanda Zandonadi
fzandonadi@redegazeta.com.br
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