A cor da água do Rio Itapemirim vem chamando a atenção dos moradores dos bairros adjacentes à Ilha da Luz. O tom da água, barrento, está presente em vários pontos, incluindo a parte da barragem da Foz do Brasil para a construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH), onde os moradores suspeitam estar o foco do problema.
A turbidez da água (propriedade física que se traduz na redução da transparência dos líquidos) vem sendo observada pela população desde o início da semana. É nítida a delimitação da cor do rio a partir do trecho onde foi erguida a hidrelétrica. Justamente onde o rio se divide, na Ilha da Luz, na margem direita do Itapemirim (lado da Beira Rio), ontem, a água estava mais clara. Os moradores suspeitam que a obra da concessionária dos serviços de água e esgoto do município, que fica na margem esquerda (lado da rua Gumercindo Moura) esteja envolvida na coloração diferente da água. Foi o que indagou a dona de casa Deuziane Vieira, residente no bairro Alto Novo Parque, que parou para observar o rio na manhã de ontem.
Acostumado a ver pescadores ao longo do rio, o operador Pedro Leonardo da Silva, que passa a pé pela ponte frequentemente, conta que vem percebendo a mudança da cor do rio desde o início da semana passada. Além disso, comentou que há falta de consciência ambiental das pessoas que residem às margens do Itapemirim e jogam lixo diretamente no rio.
Reta final das obras da PCH da Ilha da Luz
Pequenos impactos sobre o Rio já foram comunicados à vizinhança
As alterações na coloração da água do Rio Itapemirim, de acordo com a assessoria de Comunicação da Foz do Brasil estão relacionadas aos últimos meses de construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) da Ilha da Luz, que causa “pequenos impactos sobre o Rio Itapemirim’.
A parte do rio ficou um pouco mais escura que o normal, devido ao início da construção de uma das novas ensecadeiras erigidas pela Foz, sobre o Itapemirim, para dar segurança aos trabalhadores durante as obras.
“As novas ensecadeiras são menores que as anteriores e também vão ser retiradas em até três meses”, afirmou o Gerente Operacional da Foz, Marcelo Lamar, que informou que todas essas etapas foram licenciadas, alinhadas e acompanhadas pelo Iema.
Segundo ele, antes de realizar a nova etapa das obras, a concessionária comunicou as novidades a cada vizinho do empreendimento por meio de cartas entregues em cada imóvel do entorno. Durante as obras, a Foz monitora a situação do rio, com avaliação da Agersa. “Resultado de um investimento de R$ 33 milhões da Foz, a PCH visa oferecer ainda mais segurança e confiabilidade aos sistemas municipais de água e esgoto”, encerra a assessoria.
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