Semana passada foi registrado um incêndio na Área de Proteção Ambiental do Guanandy, que foi denunciado pelo excelente jornalista José Rubens Brumana. Na ocasião constataram que a área destruída pelo incêndio era equivalente a seis campos de futebol. Realmente vimos que o incêndio foi um grande prejuízo para o meio ambiente. Então fomos ate o local para também constatar os fatos, e para minha surpresa, fui convocado por moradores do Gomes, para averiguar sobre outros crimes ambientais que estão acontecendo na reserva. Moradores denunciam que caminhões que fazem esgotamento em fossas sanitárias nas cidades das regiões vizinhas, fazem à descarga das águas contaminadas na Área de Proteção Ambiental, próximo à avenida que liga o Bairro a Rodovia do Sol. Também identificamos que havia muitos ossos e restos bovinos espalhados dentro da mata, jogado por açougueiros que compram carne clandestina. Em nossa caminhada não muito cheirosa, identificamos que a área também é usada como deposito para resto de pescado.
Alguns moradores falaram que já fizeram várias reclamações aos órgãos competentes, mais que nenhuma atitude efetiva foi tomada. Eles dizem que os infratores praticam estes crimes à noite, geralmente para não serem identificados.
A Área de Proteção Ambiental do Guanandy foi criada em 1994 e abrange três municípios: Piúma, Itapemirim e Marataízes. No entanto a maior parte dos cinco mil duzentos hectares da reserva ocupam o litoral do município de Itapemirim.
Dentro da reserva existe uma lagoa com cerca de um milhão de metros quadrados. A Lagoa Guanandy não é importante apenas pela beleza, que atrai turistas de diversos lugares. É dela que vem a água que abastece as comunidades do Gomes e do Distrito de Itaipava.
A Área de Proteção Ambiental permite que pessoas morem dentro da reserva e utilizem, de forma sustentável, os recursos naturais. A Comunidade do Gomes, que fica em volta da lagoa, e aprendeu a gerar renda com a restinga.
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