O cinegrafista que foi agredido enquanto fazia a cobertura do segundo turno das eleições em Vila Velha saiu do hospital na madrugada desta segunda-feira (29) e compareceu ao Departamento Médico Legal de Vitória para ser submetido a exames de corpo de delito.
Com escoriações no rosto e no corpo. Wagner Martins, de 47 anos, revelou o que dói mais que a agressão física. “O que dói mais é estar trabalhando e ser agredido. Aí dói. Você está trabalhando num domingo para dar a informação para o público e ser covardemente agredido. Olha como é a vida: eu registrei a alegria do prefeito quando ele foi eleito e ontem, fui registrar a derrota dele e as pessoas fizeram isso com a nossa equipe”, lamentou o repórter cinematográfico.
Para Wagner, as agressões praticadas contra ele e o colega foram um cerceamento à liberdade de imprensa. “A gente está trabalhando com um equipamento caro, pegaram a câmera da minha mão e me agrediram. Eu tentei sair do tumulto tomando tapas. Fomos lá para ouvir a outra parte, para ouvir o prefeito. Estava inclusive combinado com a assessoria de imprensa”, disse a vítima.
O cinegrafista ficou internado no hospital até as 3h da madrugada. Desde que foi agredido, Wagner não para de receber manifestações de solidariedade. “Estou surpreso pela repercussão desse fato, que é triste. Vários colegas do Rio, de São Paulo e do Estado também, estão todos revoltados com a situação. Meu telefone não para de tocar”, comentou.
A Polícia Civil informou que o delegado Alexandre Passamani foi designado para ficar a frente das investigações deste caso. A determinação foi do chefe de polícia, Joel Lyrio, juntamente com a superintendência da Polícia Civil.
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