“Vida que segue”, assim responde o deputado estadual Glauber Coelho (PR) quando perguntado sobre a derrota nas eleições de domingo.
Mostrando equilíbrio e resignação, conversou rapidamente com a reportagem ontem(08) à tarde, quando já se preparava para retomar, em Vitória, suas atividades na Assembleia Legislativa, das quais estava licenciado há um mês, para se dedicar exclusivamente à campanha em Cachoeiro.
O parlamentar tenta assimilar, com profissionalismo, uma derrota dura, numa campanha em que liderou por quase todo o tempo, e perdeu por detalhes. Apesar de derrotado, sai dela muito maior do que entrou, com quase a metade dos votos e um futuro promissor.
FATO - Como recebeu o resultado da campanha eleitoral?
Glauber Coelho - Aceito o resultado das urnas com muita humildade e até alguma satisfação, pois quase 50 mil cachoeirenses entenderam a minha mensagem e confiaram o seu voto. Deus não quis que eu fosse eleito. Só tenho a agradecer.
Claro, não há de se questionar o resultado, mas, para quem liderou o processo eleitoral inteiro, a derrota é decepcionante, não?
Foi uma grande oportunidade. Tivemos uma votação extraordinária. Fizemos uma campanha de propostas, com os pés no chão e sem recursos. Metade do eleitorado entende. Mas é vida que segue. Resta continuar trabalhando pela região e especialmente para que Cachoeiro tenha um futuro melhor.
E como fica a relação com o prefeito Carlos Casteglione (PT) a partir de agora?
O meu gabinete está à disposição, como sempre esteve. No que acharem que pode ser útil, basta acionarem. O município está acima de tudo isso. É um novo dia. Trabalho de forma profissional e não fico olhando pelo retrovisor. No ânimo de uma eleição, há troca de farpas. É assim mesmo. Mas em nenhum momento houve falta de respeito.
Talvez não entre os candidatos, mas a militância se exaltou em alguns momentos...
Houve problemas com a militância de ambas as partes? Houve. Mas ela é movida pela paixão. Como segurar isso? Eu, de minha parte, mantive o equilíbrio e racionalidade. Mantive a minha postura. Agora é preciso respeitar o resultado das urnas e trabalhar.
Com o resultado da eleição, restaram dois projetos. O do PT, que está posto na Prefeitura, e o seu, que é alternativo ao atual. Como o senhor vai lidar com isso?
Podem surgir outros nomes ao longo do tempo. Até torço para que seja assim. É bom para a renovação política do município. Agora, como disse, é hora de trabalhar e pôr Cachoeiro acima de tudo.
Wagner Santos
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