Nozinho Correa tem 32,2%; Guerino Zanon aparece com 29,5%. Instituto Futura entrevistou 400 moradores na última segunda-feira (16).
O Instituto Futura divulgou o resultado de uma pesquisa eleitoral no município de Linhares, na região Rio Doce do Espírito Santo. O instituto entrevistou 400 moradores na última segunda-feira (16) e a margem de erro é de 4,9 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa estimulada mostra que Nozinho Correa, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), aparece com 32,2%, enquanto Guerino Zanon, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), está com 29,5%. O candidato do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), José Carlos Elias, atingiu 16,8%; Milena Ceolin do Partido Verde (PV) 4,0%; Professor João Luiz Teixeira, do Partido Comunista do Brasil (PC do B) 0,5%.
Os entrevistados que disseram não saber, não responderam ou estão indecisos somaram 14,2%. Os que responderam que votam branco, nulo ou em ninguém 2,8%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o número ES-00018/2012. A pesquisa completa estará disponível no Jornal A Gazeta desta quinta-feira (19) e no portal G1 a partir das 12h também desta quinta.
Conheça os candidatos
Dando continuidade à série de reportagens do G1 sobre os candidatos a prefeito dos principais municípios do Espírito Santo, o panorama em Linhares é traçado nesta quarta-feira (18). O cientista político Fernando Pignaton fez as análises. Também no interior do estado, a situação em Colatina já foi mostrada. Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Guarapari e Viana, na região Metropolitana, também já foram apresentados.
Em Linhares a disputa será entre cinco candidatos. Por ordem alfabética estão Guerino Zanon, do PMDB; Professor João Luiz Teixeira, do PC do B; José Carlos Elias, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); Milena Ceolin, do PV; e Nozinho Correa, do PDT. De acordo com o comentarista de política da TV Gazeta, Radanezi Amorim, apesar de cinco nomes, a disputa deverá ser polarizada em três candidaturas.
"Linhares tem um quadro muito acirrado. São três candidaturas muito fortes. O atual prefeito Guerino Zanon, o deputado estadual José Carlos Elias e Nozinho Correia. Guerino tem a seu favor ser o atual prefeito, o que sempre dá competitividade. José Carlos já foi prefeito e é bastante popular na região, e Nozinho tem um grande capital financeiro e é um dos candidatos mais ricos do estado. É uma eleição imprevisível, nao há um candidato com tendência forte de favoritismo", comentou Radanezi.
Guerino Zanon
Com 56 anos de idade, Guerino é natural do município de Rio Bananal, que na época era distrito de Linhares. Foi professor de física, diretor de colégios e diretor presidente da Sociedade Capixaba de Educação. Foi também secretário de Planejamento de Linhares. Guerino já foi prefeito por três mandatos em Linhares. No período de 1997 a 2000 e reeleito para o mandato de 2000 a 2004. Deputado estadual eleito em 2006, renunciou ao mandato para retornar ao posto de prefeito. Eleito em 2008, ocupa o cargo até hoje.
"Ele teve um período de muita rejeição e depois uma subida com grande aprovação, onde isso vai parar não dá para saber. Superou esses problemas no mandato também com sua popularidade. Como é uma disputa de três nomes fortes, ele não precisa ser avaliado entre bom e ótimo, já que com uma porcentagem menor ele pode levar a eleição", analisou o cientista político Fernando Pignaton.
Por meio de assessoria, Guerino comentou que superou problemas na administração pelo seu trabalho e não pela popularidade. Segundo ele, não é a popularidade que o faz superar intercorrências jurídicas e o que responde a esses questionamentos é a verdade. Ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o candidato declarou ter R$ 3.786.705 em patrimônio, entre depósitos bancários, um apartamento e um veículo automotor. Ele também declarou ter como limite de gastos de campanha R$ 3 milhões.
João Luiz Teixeira
Conhecido como Professor João Luiz, o candidato é biólogo por formação e mestre e doutor em arqueologia. Com 45 anos de idade, o candidato nunca assumiu um cargo político. Ele já possui uma candidatura a deputado federal. Acumulou atividades políticas no movimento estudantil enquanto era universitário.
Para o cientista político Fernando Pignaton, a candidatura não tem muita força. "Ele pode explorar o argumento de que é uma cara nova, e não é um político tradicional da cidade. É uma candidatura que visa mais a projeção no cenário político", comentou.
O candidato respondeu à análise afirmando que está no páreo para vencer. "Nossa candidatura é para vencer, não apenas para se projtar, temos um perfil bem definido. Temos condições técnicas e políticas para governar. O que pesa com relação aos outros candidatos é o fator econômico, essa é a única diferença", disse João Luiz ao G1. Ao TRE, ele declarou ter R$ 9.500, referente a cotas de capital de uma empresa. O professor também declarou ter como limite de gastos de campanha R$ 7 milhões.
José Carlos Elias
Formado em Direito, o candidato nasceu em Itapemirim, região Central Sul do estado, e foi morar em Linhares aos 15 anos. Foi vereador de 1976 a 1982 e vice-prefeito da cidade linharense de 1982 a 1988. Conseguiu notoriedade no cenário político nacional com o mandato de Deputado Federal de 1998 a 2002. Foi prefeito duas vezes de Linhares, de 1993 a 1996 e de 2005 a 2008. Atualmente o candidato é deputado estadual.
"Algumas ameaças jurídicas o atrapalham, algumas intercorrências jurídicas que quase o deixou de fora da disputa, mas voltou pela Justiça. Tem um perfil intimista e carismático na região, o que pode ser um ponto positivo para ele e que o ajuda a superar esses problemas, mas pode causar reações de sentimento contrário também", afirmou o cientista político Fernando Pignaton.
Elias comentou sobre a análise do cientista. "As acusações que já sofri foram planos de adversários contra mim, coisas que não são verdade. Sou um candidato com recall grande, sim, muito conhecido, mas tenho muitas obras e trabalhos sólidos que deveriam ser mais reconhecidos", disse o candidato ao G1. No site do TRE, consta uma declaração de bens no valor de R$ 265.102, entre automóveis, um apartamento, terrenos e ações financeiras. Ele declarou ter R$ 3 milhões como limite de gastos na campanha.
Milena Ceolin
Com 52 anos, a empresária Milena Mota Ceolin, do Partido Verde (PV), é natural do município de Nanuque, em Minas Gerais. Há mais de 20 anos é diretora de uma concessionária de automóveis. Segundo o cientista político Fernando Pignaton, a candidatura não tem muita força política em Linhares.
"É bastante improvável que a candidatura dela cresça, pode até surpreender, mas um pequeno desempenho dela pode fazer com que outro prefeito seja eleito com cerca de 30% dos votos", disse Pignaton.
O G1 procurou a candidata para comentar a análise, mas não obteve resposta até o término da reportagem. Ao TRE, Milena declarou ter mais de R$ 11 milhões de patrimônio, entre veículos, tratores, equipamentos agrícolas, como duas motosserras e aplicações financeiras. Ela também afirma disponibilizar R$ 1 milhão como limite de gastos de campanha.
Nozinho Correa
Nascido em Aracruz há 65 anos, o candidato é um renomado pecuarista da região. Morador da zona rural, estudou até a 4ª série do ensino fundamental. Apesar disso, é um dos candidatos que declarou o maior patrimônio no país, com R$ 25.095.722. Ingressou na carreira política em 1988 quando foi eleito vice-prefeito de Linhares. Também foi secretário municipal de Administração e disputou as eleições para prefeito em 1992, 1996, 2000 e 2004.
"Nozinho tem problemas históricos de imagem, sempre ficou longe de ganhar as eleições, mas depois de tanto tempo ele pode vencer, é uma disputa imprevisível", analisou o cientista político Fernando Pignaton.
Nozinho respondeu a análise ao G1. "As eleições que disputei e não venci, especialmente após o instituto da reeleição, eram polarizadas e contra candidatos que disputavam com a máquina pública ao seu lado, apoiados por fortes grupos econômicos e políticos", disse. Além do patrimônio declarado ao TRE de mais de R$ 25 milhões, o candidato também disponibilizou R$ 7 milhões como limite de gastos de campanha.
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