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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Em onze meses, 35 casos de vítimas de balas perdidas no Espírito Santo


O número de vítimas de bala perdida aumentou na Grande Vitória. De acordo com um levantamento feito pela TV Vitória, de janeiro a novembro de 2012, já foram registrados 35 casos. Já durante todo o ano de 2011, foram 26 vítimas de bala perdida. 
Para o Coronel Edmilson da Polícia Militar, em muitos destes casos, estão envolvidos menores que agem de forma inconsequente.
“A partir do momento que esse menor verifica que ele cometeu um determinado delito e vai voltar para a rua, ele não tem nenhum tipo de preocupação. Todo e qualquer tipo de educação, há a necessidade de uma punição mais severa. Não havendo isso, a tendência é de que esse tipo de evento aconteça”, afirma.
A jovem Havila Rodrigues Mairink foi uma das vítimas dessa violência no Estado. Em 2009 ela foi atingida com um tiro na nuca, quando estava na varanda da casa de uma amiga, no bairro Soteco, em Vila Velha. Hoje, a jovem convive com a bala alojada na cabeça.
A falta de firmeza no braço direito, a única seqüela do ocorrido, não atrapalha no dia-a-dia da jovem. Para ela, o fato de ter sobrevivido foi um milagre de Deus.
“O pessoal achava que eu não ia me recuperar, não voltaria a andar, mas não ficou nada de sequela. A única coisa que eu tive foi ter que mudar para a esquerda. Além de tudo, foi uma recuperação muito rápida. No hospital, as pessoas vendo a minha situação, não acreditavam. Até os médicos falavam que eu iria precisar de um milagre. O médico que cuidou de mim disse que eu era uma protegida de Deus”, conta.
Para diminuir o número de vítimas atingidas por bala perdida, a Polícia Militar esclarece que medidas de segurança estão sendo tomadas através do mapa do crime.
“Toda região que a gente verifica um aumento dos homicídios, aumento do crime contra o patrimônio, nós direcionamos o policiamento. A tendência, quando o policiamento está no local de uma forma mais maciça, é de que qualquer tipo de delito diminua. Durante um tiroteio, a pessoa deve evitar a curiosidade.Se a pessoa conhece a região, ela tem um entendimento do que está acontecendo. A partir do momento que existe uma troca de tiros e ela é pega de surpresa, a pessoa tem que se deitar, se esconder atrás de um veículo ou atrás de um poste e nunca correr. A partir do momento que a pessoa corre, a tendência é de que ela seja baleada com mais facilidade”, esclarece o Coronel Edmilson.

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