A antiga Câmara e Cadeia de Itapemirim está passando por uma reforma e restauração na sua estrutura destacando as madeiras seculares que vinham nos navios de Portugal que para não navegarem vazios usavam madeiras e telhas para compor o lastro. Como exemplos, da França vinham as telhas, dai o nome telha francesa e da Lituânia a bela madeira pinho de Righa que depois eram usadas nas construções.
Explicou o professor Luciano Rettore Moreno relatando ainda que sua construção final, data de 1864, ano da chegada do Imperador D. Pedro II e a Imperatriz Teresa Cristina que visitou o Itapemirim e a então Colônia do Rio Novo do Sul.Na reforma foram catalogadas canelas, embuia, peróba do campo, roxinho, tapecura e pinho de Righa, todos conhecidas como madeiras nobre.
Afirmou o restaurador Thiago Pereira da Silva que cuida da parte da recuperação e reforma das madeiras. Disse que são madeiras difíceis de achar, pois devido o desmatamento são raras no mercado. “Mas dentro do possível as partes deterioradas pelo tempo serão substituídas pelas mesmas da época”, ressaltou ainda uma curiosidade; os pregos eram do tipo cravo parecidos com os que crucificaram Jesus Cristo.
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